Informação está no site da rede Globo; reportagem sobre interceptação eletrônica de comunicação entre executivos e técnicos da estatal de petróleo será exibida no programa Fantástico; interesse na estratégia brasileira para o Pré-Sal motivou espionagem; revelação deverá complicar ainda mais as relações diplomáticas entre Brasil e EUA; Obama disse que não sabia de nada, mas que vai procurar saber; dá para acreditar nele?
8 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 15:07
247 – De olho na estratégia brasileira para a exploração de uma das maiores riquezas naturais da atualidade – o Pré-Sal com seus bilhões de barris de petróleo --, os Estados Unidos espionaram diretamente a Petrobras para obterem informações sigilosas e vantagens competitivas.
É o que se promete provar em reportagem a ser exibida na noite deste domingo 8 no programa Fantástico, da rede Globo. O site da emissora já anuncia a matéria, feita com base em novas revelações do jornalista Glenn Grenwald, cuja fonte é o ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden. Na semana passada, reportagem no Fantástico mostrou a espionagem americana sobre as comunicações eletrônicas da presidente Dilma Rousseff. O caso abalou as relações entre Brasil e Estados Unidos, despertando reclamações do governo na ONU e colocando em risco uma viagem oficial de Dilma a Washington, em outubro.
Abaixo, notícia da Agência Reuters a respeito:
Governo dos EUA teria espionado Petrobras -- TV Globo domingo, 8 de setembro de 2013 13:15 BRT
Por Asher Levine
SÃO PAULO, 8 Set (Reuters) - O governo dos Estados Unidos teria espionado a Petrobras, de acordo com o site da rede Globo.
O canal de televisão, que há uma semana apresentou documentos alegando que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) interceptou comunicações entre os presidentes do Brasil e do México, planeja descrever na noite deste domingo a espionagem dos norte-americanos na maior companhia brasileira, de acordo com propagandas.
A Globo não forneceu mais detalhes sobre a espionagem.
As revelações, como aquelas apresentadas no programa "Fantástico" na semana passada, foram fornecidas por Glenn Greenwald, um blogueiro, colunista e ativista de liberdades civis norte-americano, que vive no Rio de Janeiro.
Greenwald trabalhou próximo ao ex-analista da NSA, Edward Snowden, para divulgar um conjunto de informações de inteligência que colocou foco na extensão da espionagem nos Estados Unidos nas telecomunicações domésticas e no exterior.
Por email na manhã deste domingo, Greenwald se recusou a discutir as alegações da Petrobras até que o "Fantástico" vá ao ar. Autoridades da Petrobras não foram encontradas para comentar.
Greenwald trabalhou próximo ao ex-analista da NSA, Edward Snowden, para divulgar um conjunto de informações de inteligência que colocou foco na extensão da espionagem nos Estados Unidos nas telecomunicações domésticas e no exterior.
Por email na manhã deste domingo, Greenwald se recusou a discutir as alegações da Petrobras até que o "Fantástico" vá ao ar. Autoridades da Petrobras não foram encontradas para comentar.
A reportagem sobre a Petrobras deve complicar ainda mais um impasse diplomático tenso entre os EUA e o Brasil, a maior economia da América Latina, provocada pela suposta espionagem da NSA às chamadas telefônicas privadas e e-mails da presidente Dilma Rousseff.
O Brasil exigiu um pedido de desculpas formal e assessores de Dilma já disseram que a questão poderia inviabilizar uma visita de Estado planejada para outubro, a única oferecida por Washington a um líder estrangeiro este ano.
As tensões na semana passada levaram a uma reunião improvisada entre Dilma e o presidente dos EUA, Barack Obama, durante a reunião do G20, dos líderes das principais economias, na Rússia. Após a reunião, Obama disse que iria investigar as alegações.
Autoridades norte-americanas, incluindo Obama em uma viagem ao Brasil em 2011, e uma visita em junho do vice-presidente Joe Biden, citaram a importância de novas grandes descobertas de petróleo no país e assinalaram intenções de trabalhar em estreita colaboração com o país para as necessidades energéticas do futuro.
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