sexta-feira, 31 de maio de 2013

1° Guerra mundial

Iniciaremos este 1º de Junho com novo conteúdo: a 1ª Guerra Mundial, o grande conflito mundial que se arrastou de 1914 a 1918, levando o mundo a enfrentar um tipo totalmente novo de guerra, onde os países tiveram que escolher um lado para aquela que foi chamada por muitos anos de "A Guerra das Guerras" (até que ocorreu a 2ª Guerra Mundial, em grande parte, como conseqüência da 1ª...).
Assistam abaixo a vídeo-aula do Novo Telecurso retirada do youtube para se colocarem a par deste assunto.

Parte 01 de 02

parte 2
Parte 02 de 02

Regências:a unidade ameaçada

quinta-feira, 20 de outubro de 2011


 Aula de História - Regências: a unidade ameaçada - 01/07/2013




Após a abdicação do trono em 7 de abril de 1831, D. Pedro I rumou para Portugal e aqui deixou como herdeiro do trono brasileiro D. Pedro II, com apenas 5 anos de idade. Por este fato, a administração do Brasil passou às mãos dos regentes, pessoas escolhidas pelos deputados e sanadores e que deveriam comandar o país até que D. Pedro II chegasse aos 18 anos e pudesse ser coroado Imperador do Brasil. Esse período durou até 1840 e foi um período conturbado, onde ocorreram diversas revoltas no Brasil.

Com base nestas informações, no conteúdo do livro didático e nos links disponibilizados abaixo, responda as questões e envie-as como comentário a esta postagem.

01- Quais as exigências para fazer parte da Guarda Nacional?

02- Cite três medidas determinadas através do Ato Adicional de 1834.

03- Como, onde e por que ocorreu a Cabanagem?

04- Como, onde e por que ocorreu a Revolução Farroupilha?

05- Como, onde e por que ocorreu a Revolta do Malês?

Links para pesquisa:


Colonização Na America Portuguesa

exportação e escravidão, como veremos logo a seguir) e com práticas de produção semi-industriais na manufatura do açúcar.
A Mão-de-obra
Logo no início da colonização, ficaram evidentes as dificuldades para empregar trabalhadores europeus na colônia. Em razão dos problemas ocorridos no final da Idade Média, Portugal, assim como os demais países europeus, apresentava população reduzida. Além disso, libertos da servidão medieval, os trabalhadores não desejavam imigrar para a América e ter de enfrentar a penosa tarefa de desbravar a mata tropical, enfrentar os indígenas e lançar-se em um trabalho árduo no campo.
De acordo com a lógica econômica imposta pela metrópole (obter altos lucros com os produtos tropicais), o custo da mão-de-obra deveria ser baixo. Essa questão foi resolvida com a introdução de uma forma de trabalho compulsório, a escravidão. Contudo, na dura realidade colonial, as dificuldades encontradas pelos senhores de engenho com a mão-de-obra escassa e pouco produtiva foram evidentes no começo da produção açucareira.
Os ”Negros da Terra”
Nos primeiros anos da colonização, quando a única atividade econômica desenvolvida era a exploração do pau-brasil, negociava-se o trabalho do nativo por meio do escambo, isto é, trocava-se mervadoria por mercadoria. Com a efetivação da colonização e o estabelecimento de grandes plantações de cana-de-açúcar, o indígena passou a ser amplamente utilizado como escravo. Embora os jesuítas lutassem contra isso e o Estado português decretasse leis proibindo tal ato, o índio foi escravizado nos engenhos de açúcar até pelo menos a década de 1570.
No final do século XVI, essa mão-de-obra começou a ser substituída nas áreas açucareiras pela dos escravos africanos. Todavia, nas regiões relativamente periféricas da economia colonial, sobretudo em São Paulo e no Norte, a escravidão indígena permaneceu vigorosa por mais tempo, até meados do século XVIII, quando, em 1755, foi finalmente reconhecida em lei a liberdade de índio.
A Substituição da Mão-de-obra Indígena pela Africana
Durante muito tempo, vários historiadores defenderam a tese de que a escravidão indígena foi susbtituída pela africana porque o nativo não estava acostumado ao trabalho e era preguiçoso, enquanto o negro estava acostumado com o trabalho pesado e era apto para ele. Com o tempo, essa explicação caiu em descrédito.
De fato, os indígenas não tinham, em sua estrutura social, algo semelhante ao trabalho sistemático e ordenado que agora lhes era exigido. Nas sociedades indígenas, o trabalho voltava-se exclusivamente para o sustento da família e da tribo, obtido nas matas e rios, quase sempre abundantes em alimentos. A vida baseada no trabalho disciplinado e compulsório dos engenhos era incompreensível para eles. Por isso, episódios de resistência, fuga e luta foram frequentes na colônia, no transcorrer do século XVI, sobretudo no Nordeste. Diante da desagregação e do extermínio de suas sociedades, vários povos penetraram cada vez mais pelo interior, o que dificultava seu apresamento.
Ainda em meados desse século, milhares de mortes ocasionadas por epidemias e doenças transmitidas pelos brancos, como varíola e gripe, tornaram a escravização do índio muito difícil e onerosa nas áreas economicamente mais rentáveis.
Outra teoria, fundada em conceitos econômicos, relacionava a susbstituição da mão-de-obra escrava indígena pela dos negros aos interesses do tráfico negreiro, que constituía uma atividade econômica altamente rentável. No entanto, a complexidade da escravidão moderna, do tráfico negreiro e do sistema escravista não pode ser explicada apenas pelos interesses de um ou outro setor da vida social; é preciso levar em conta “consideração sociais, políticas e morais, além da econômia”, conforme afirma o estudioso Stanley Engerman. Logo, não há apenas um fator, mas uma variedade deles determinando a substituição da mão-de-obra escrava do indígena pela do negro.
Na década de 1550, chegaram ao Brasil oficialmente os primeiros escravos negros trazidos pelo Estado. Entre 1560 e 1570, o tráfico e a entrada de africanos escravizados cresceram de forma incessante, a maioria deles destinada à lavoura canavieira do Nordeste, sobretudo Bahia e Pernambuco. Rapidamente, a mão-de-obra escrava foi utilizada em todas as atividades coloniais, a tal ponto que o bispo Cuba chegou a afirma que, “se faltam pretos, não haverá sequer vinho para dizer a missa”. Os cativos realizavam todas as atividades vinculados ao açúcar, desde o cultivo da cana até a manufatura do produto, sofrendo vários tipos de opressão e acidentes no campo e nas fornalhas.
Dessa maneira encaminhou-se o problema da mão-de-obra na economia açúcareira. Todavia, a presença dos escravos negros no Brasil não se restringiu ao universo econômico; na realidade, o ingresso incessante de africanos escravizados até o século XIX marcou o cotidiano e o modo de vida do Brasil Colônia, assim como a história do país como um todo.
A Dinâmica da Economia Açucareira
Iniciada na década de 1530, a produção açucareira manteve uma dinâmica muito desigual no tempo e no espaço. Alternando conjunturas de crescimento e decadência, nunca cessou ou desapareceu completamente, permanecendo com relativa importância econômica durante todo o período colonial.
De sua implantação na colônia até o começo do século XVII, a produção canavieira foi vigorosa, desenvolveu-se muito, sobretudo pelo crescimento da demanda européia e pela pequena concorrência no mercado internacional. Por volta de 1580, o Brasil já era o maior produtor de açúcar do mundo. Porém, já em 1620 a produção açucareira começou a sofrer suas primeiras complicações: os problemas políticos e econômicos na Europa determinaram uma queda na demada, e as invasões holandesas, iniciadas em 1624 no Nordeste, desorganizaram a produção. Os trinta e poucos anos de conflitos e guerras pelo açúcar, protagonizados por portugueses, brasileiros e holandeses, atrapalharam de maneira geral a produção na colônia. Entretanto, em Pernambuco, a presença dos holandeses nos anos 1630 e 1640, principalmente durante o governo de Maurício de Nassau, colaborou para desenvolver a produção açucareira, além de melhorar a administração da região.
Na década de 1630, ingleses, franceses e sobretudo holandeses produziam cana-de-açúcar nas Antilhas. Mas foi somente com a expulsão dos holandeses do Brasil, em 1654, que eles expandiram suas atividades no Caribe, baseados na experiência adquirida nas terras brasileiras, estabelecendo, assim, forte concorrência ao produto brasileiro no mercado europeu. O Brasil perdia tanto a hegemonia da produção quanto o comércio do açúcar, e sua economia entrava em declínio.
Apesar da queda no comércio internacional, a produção açucareira se manteve em destaque, sendo o produto agrícola que mais renda gerava à metrópole. No início do século XIX, a produção açucareira foi reaquecida no Nordeste e expandiu-se para o Sudeste, principalmente para o Rio de Janeiro e São Paulo.
O Governo-Geral
O principal motivo para a criação dos governos-gerais foi o fracasso do sistema de capitanias hereditárias. Seu insucceso manteve a colônia desocupada, sem nenhuma retorno comercial, ao mesmo tempo que facilitou a invasão por estrangeiros (como, por exemplo, pelos franceses no Rio de Janeiro).
Não foi por acaso que a Coroa procurou intervir mais diretamente na colônia brasileira. Já sabemos que sua política ultramarina no Oriente e na África sofria forte retraimento. Por isso, a Portugal interessava cada vez mais manter sua posição de metrópole em relação ao Brasil. A partir desse momento surgiram as primeiras preocupações da metrópole com a autonomia dos capitães-donatários. Após conceder espaço para o fortalecimento político deles, a Coroa queria restringir seus poderes, pois os via como uma relativa ameaça ao seu domínio. A solução encontrada foi a centralização política e administrativa.
Assim, chegou à colônia, em 1549, acompanhado de mais de mil pessoas, o primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, que ficaria o cargo até 1553. Desembarcando na Bahia, ele tratou de organizar, pra sediar seu governo, um pequeno centro urbano, a futura cidade de Salvador. Tento a intenção de colocar em funcionamento o primeiro governo-geral do Brasil, ele trouxe consigo o Regimento da Coroa, que definia suas atribuições e a dimensão de seu poder: combater os ataques indígenas e a pirataria, incentivar a construção de engenhos, entre outras atividades.
Durante seu governo foram criados dois importantes órgãoes públicos: a Provedoria-Mor, para fortalecer e cuidar da colônia, e a Ouvidoria, para administrar as questões judiciais.
Apesar dessas tentativas de centralização política e administrativa, Tomé de Sousa não conseguiu resultados mais concretos, a não ser na Bahia sede do governo. A dispersão dos núcleos colonizadores dificultava a comunicação e o controle pelo governo-geral. Quem continuava mandando nos povoados era o poder local.
Nos governos-gerais seguintes, as dificuldades para implementar a centralização e a resistência dos colonos continuaram. O governador Duarte da Costa (1553-1556) chegou a enfrentar problemas com os próprios colonos da capitania da Bahia. Para agravar ainda mais sua situação, teve de combater a invasão francesa no Rio de Janeiro, comandada por Villegagnon. O governo Mem de Sá (1558-1570) procurou, com solução política, controlar a colônia por meio do combate aos franceses no Rio de Janeiro e posterior povoamento da região. Ao mesmo tempo, desencadeou violenta luta contra os índios revoltosos e colaborou com os jesuítas na catequização das tribos pacíficas.
Como os sucessivos governos-gerais não conseguiam resultados positivos, a Coroa procurou alternativas. Em 1570, usando como argumentos as dificuldades administrativas e as grandes distâncias territorias, a metrópole subdividiu o governo-geral. Com a ilusão de que resolveria os problemas políticos, Portugal criou o governo-geral do Norte, sediado em Salvador, cuja extensão do domínio ia da capitania de Porto Seguro para o norte da colônia, e o governo-geral do Sul, sediado no Rio de Janeiro, que controlava desde a capitania de Ilhéus até o extremo sul.
Poder Local: As Câmaras Municipais
De toda a estrutura administrativa colonial, talvez o órgão mais importante tenha sido a Câmara Municipal, também chamada de Senado da Câmara. Reproduzindo a estrutura municipal potuguesa, em cada vila ou núcleo urbano maior deveria haver uma Câmara. Sua função era exercer o poder municipal, que se estendia também à zona rural. A Câmara Municipal detinha patrimônio e finanças próprios. O patrimônio do município eram as ruas, as praças, os caminhos, as pontes, etc.; as rendas eram obtidas por meio de arrecadação de impostos municipais sobre as terras e de leis gerais criadas pela Coroa.
Havia em cada Câmara dois juízes ordinários (eleitos), um juiz-de-fora (nomeado pela Coroa), três vereadores e um procurador. Essas pessoas estavam incumbidas de resolver todo e qualquer problema do município, desde brigas e disputas por terras até a criação de impostos.
As eleições para a Câmara eram indiretas. Só votavam os chamados homens-bons, isto é, os proprietários de terras e de escravos. Geralmente, os grandes proprietários mantinham o poder, mas os comerciantes sempre procuravam participar das eleições, o que causava certo conflito político.
Por causa do isolamento das vilas e da distância entre elas e a administração central, com o tempo as Câmaras Municipais tornaram-se independentes e poderosas, passando a ser, segundo o estudioso Caio Prado Júnior, as únicas e verdadeiras unidades administrativas da colônia. De fato, até o século XVII não houve unidade política nem administrativa no Brasil Colônia. Havia apenas um aglomerado de órgãos independentes comandados pelos proprietários rurais, que confundiam o universo público e o privado. Essa situação de autonomia foi admitida até se revelar contrária aos interesses da metrópole, o que aconteceu no início do século XVII, quando a Coroa tratou de sujeitar os proprietários à sua autoridade, fazendo-se mais presente na colônia.
Na realidade, as Câmaras Municipais passaram a acolher representantes dos interesses internos da colônia. Esses interesses surgiram à medida que as estruturas coloniais se sedimentaram, esquivando-se do controle metropolitano. O poder político local e as relações sociais bastante distintas das existentes em Portugal também colaboraram para desenvolver as tensões e os conflitos de interesses entre colônia e metrópole.
Essas tensões foram permanentes no período colonial, tornando-se mais ou menos evidentes em determinados momentos. Porém, durante todo o período manifestou-se esse surdo, mas incessante conflito político. De um lado, alguns setores da sociedade, como o formado pelos donatários e pelos grandes proprietários, procuravam assegurar relativa autonomia e liberdade para reforçar os poderes locais, concentrados em suas mãos. De outro, o poder metropolitano mantinha uma posição oscilante: ora concedia certa liberdade para os colonos povoarem e explorarem a colônia, ora restringia o poder dos donatários, utilizando-se de instrumentos políticos e administrativos. Por isso, o historiador Francisco Iglesias afirma que, ”se as capitanias eram a descentralização, o governo-geral era a centralização. Sob o signo dessa ambigüidade decorrerá a trajetória política brasileira colonial”.
A União das Coroas Ibéricas
No final do século XVI, todo esse processo de ocupação da América portuguesa sofreu certo refluxo temporário em razão dos problemas dinásticos da metrópole.
Em 1580, Filipe II, rei da Espanha e membro da poderosa família dos Habsburgos, invadiu Portugal, assumindo o trono português e unificando as Coroas ibéricas. Conseqüentemente, todo o império ultramarino português, incluindo o Brasil, passou às mãos da Espanha.
A Coroa espanhola tinha grande interesse em que a exploração do Brasil permanecesse sem alteração. Assim, para não causar muitos problemas, ao assinar o Tratado de Tomar, que oficializava a união das duas Coroas, permitiu que as atividades comerciais e a administração da colônia continuassem nas mãos dos portugueses. O principal objetivo da Espanha era receber os impostos.
Nesse período, a divisão administrativa da colônia foi redefinida. Criou-se o Estado do Maranhão (Maranhão, Grão-Pará e Ceará), para manter os invasores franceses, ingleses e holandeses afastados do norte da colônia; e o Estado do Brasil, composto pelas províncias restantes. Na realidade, a estrutura político-administrativa no Brasil permaneceu praticamente a mesma de 1549 a 1640, ano em que termina a união das Coroas ibéricas. Durante a dominação filipina, a colônia teve seu território ampliado, expandindo-se para o norte e o sul.
A Restauração Portuguesa e o Conselho Ultramarino
A restauração da Coroa portuguesa encontrou o Estado em crise. A única maneira de Portugal superar essa situação era explorar a colônia brasileira, fortalecendo as relações mercantilistas. A partir de então, a presença metropolitana no Brasil se fortaleceu por meio dos sucessivos impostos, que desagradavam os colonos, e da criação de companhias de comércio para monopolizar, controlar e explorar melhor a colônia. Os colonos só podiam comerciar com essas companhias, que abusavam de suas prerrogativas.
Em 1649, o governo português criou a Companhia Geral do Comércio do Brasil, com a intenção de fortalecer o monopólio e o controle comercial na área que ia do Rio Grande do Norte até o sul. Surgiram na época diversas manifestações de colonos contra os abusos que ela cometia. Em 1682, foi criada a Companhia do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, cujo objetivo também era monopolizar o comércio, principalmente o tráfico de escravos na região.
Procurando restabelecer seu poder na colônia, em 1642 o combalido Estado português criou o Conselho Ultramarino, para centralizar e controlar todas as atividades político-administrativas e reafirmar o poder da metrópole.
O Conselho Ultramarino era uma espécie de tribunal que tratava de todos os assuntos relativos à colônia: questões judiciais, de guerra, proteção do litoral, impostos, etc. Na prática, isso significava que as antigas Câmaras Municipais perdiam o poder, pois, a apartir da criação do Conselho, a metrópole controlava e decidia tudo. O poder, que de fato estava nas mãos dos grandes propritários rurais, agora passava a ser exercido pela metrópole.
Com o fortalecimento do poder da Coroa, os funcionários metropolitanos, que antes tinham poucos poderes, ganharam vida. Foi o caso dos governadores-gerais, que se transformaram em vice-reis.

Escravismo no Brasil: A resistência de africanos e descendentes

Entre os séculos XVI e XIX, milhares de africanos foram feitos prisioneiros em suas terras natais e levados para servir como mão de obra escrava em diversas regiões do mundo, principalmente nas Américas. Tratados como uma mercadoria, negociados de feira em feira, aprisionados em barracões e em porões de navios negreiros, esses indivíduos sofriam com a fome, com a sede e com as inúmeras doenças que contraíam, devido à subnutrição e às péssimas condições de higiene nas quais eram obrigados a viver.
Ao chegarem aos seus destinos, em terras muito distantes, eram novamente trancafiados em outros barracões. E ali esperavam seus compradores, ou seja, os seus novos senhores.
Os escravos africanos no Brasil
A sociedade escravista brasileira necessitava de mão de obra para a lavoura e a mineração. Para suprir esse mercado, a maioria dos escravos africanos negociados aqui eram homens e tinham entre 15 e 30 anos de idade.
Um problema que os escravos recém-chegados encontravam era saber se comunicar, principalmente para entender as ordens que recebiam. Os escravos que ainda não sabiam falar o português eram chamados de boçais. Os que já tinham algum conhecimento da língua eram chamados de ladinos. Existiam também os crioulos, que eram os escravos nascidos no Brasil e, portanto já estavam integrados à cultura local.
Assim que chegavam aqui, os escravos perdiam o direito de usar o seu nome africano e de praticar as suas antigas tradições. Eram batizados segundo a fé católica e recebiam nomes portugueses, como João, Joaquim, Maria. Por isso suas origens acabaram sendo apagadas dos registros históricos.
Ainda hoje, os pesquisadores têm dificuldade para identificar que grupos - das milhares de etnias africanas - chegaram ao Brasil, já que recebiam o nome do porto africano por onde tinham sido embarcados. Os principais portos eram da Costa da Mina, de Luanda, de Benguela e de Cabinda. E assim os escravos passavam a ser chamados de Mina, Congo, Angola, Benguela, Cabinda. Por exemplo: Maria Mina, José Cabinda.
Hoje sabemos, por exemplo, que pelo porto de Luanda - de onde saiu a maior quantidade de escravos para o Brasil - embarcaram as etnias dembos, ambundos, imbangalas, lundas e diversas outras. Os africanos eram tratados como se fossem um único povo, cuja cultura era considerada "inferior". Por isso eram obrigados a trabalhar em situações degradantes, vivendo de forma precária, sendo punidos com violência caso não cumprissem as ordens que lhes eram dadas. Existiram exceções a essa regra?
Sim. Alguns africanos conseguiram viver em melhores condições, outros até mesmo chegaram a ter escravos seus. Mas foram poucos. A regra era: submissão, exploração, desrespeito, humilhação. De qualquer forma, os africanos e os seus descendentes foram se tornando brasileiros: aprenderam a língua e passaram a seguir (ao menos aparentemente) os padrões culturais que lhes era imposto. Mesmo por que precisavam sobreviver à nova condição em que se encontravam: eram escravos numa terra distante, e não tinham nenhuma possibilidade de retornar à África.
A resistência dos escravos
Muitos escravos não aceitavam a vida que lhes era imposta e resistiam de diversas formas: suicidavam-se, não cumpriam as ordens que recebiam, assassinavam seus senhores, fugiam, rebelavam-se. Alguns africanos sofriam uma depressão profunda, chamada de banzo, o que podia levar a morte por inanição.
Os senhores de escravos tinham horror a qualquer tipo de resistência, pois além de temerem por suas vidas, temiam perder todo o dinheiro investido na compra do seu escravo. Muitos escravos fugitivos se organizaram em quilombos. Na África, okilombo era um acampamento militar dos jagas (guerreiros imbangala), e aqui no Brasil se tornou uma comunidade que se organizava para resistir à sociedade escravista.
O mais famoso quilombo foi o dos Palmares, fundado na Serra da Barriga, na então capitania de Pernambuco (hoje Alagoas), no século 17, mas existiram centenas de quilombos por todo território brasileiro. Na província de São Paulo, por exemplo, um dos maiores quilombos foi o do Jabaquara, foi fundado no século 19 na serra de Cubatão.
Alguns escravos fugiam por um tempo, mas retornavam ao seu senhor em troca de melhores condições de vida. Havia também escravos que fugiam e tentavam a sorte em outra região, dizendo ser um liberto. Outra forma de resistência era o assassinato do senhor ou de funcionários, como o feitor, por exemplo. Nesse sentido é interessante observar a definição que a Enciclopédia Larousse traz para a guiné:Planta herbácea, perene, com característico odor que lembra o alho. As raízes tem propriedades antiespasmódicas, abortivas, sudoríficas, diuréticas, anti-reumáticas, mas em doses elevadas podem provocar a morte. Os escravos conheciam o efeito tóxico dessa planta e chamavam-na de "amansa-senhor".
Durante os quatro séculos em que a escravidão existiu no Brasil, muitas rebeliões ocorreram, mas pouco se conhece sobre elas, já que nessa época as autoridades máximas eram os próprios senhores de escravos, e poucos deles registraram esses episódios. A rebelião de escravos que mais teve repercussões foi a Revolta dos Malês, em 1835 na Bahia.
Os africanos resistiram e se impuseram de diversas formas, legando-nos, por exemplo, palavras do nosso vocabulário, pratos de nossa culinária, festas populares, crenças religiosas, instrumentos musicais. A transmissão de seus valores culturais talvez seja a mais importante forma de resistência dos africanos, que não se renderam aos padrões que lhes foram impostos. Os africanos e seus descendentes participaram da construção do Brasil e do povo brasileiro, e não podemos pensar a nossa cultura sem entender (e reverenciar) a nossa herança africana.
Érica Turci é historiadora e professora de história formada pela USP.

Bibliografia

  • FRAGA, Walter e ALBUQUERQUE, Wlamyra R.. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo: Moderna, 2009.
  • LOPES, Nei. História e cultura africana e afro-brasileira. São Paulo: Barsa Planeta, 2008.
  • MAESTRI, Mario. O escravismo no Brasil. São Paulo: Atual, 1994.
  • MATTOS, Regiane A.. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2007.
  • SLENES, Robert W.. Senhores e subalternos no Oeste Paulista. In: História da Vida Privada no Brasil, vol. 2. Org.: Luiz Felipe de Alencastro. São Paulo: Cia. Das Letras, 1997.
  • SOUZA, Marina de Mello. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2005.

Revolução Industrial

Revolução Industrial
História da Revolução Industrial, pioneirismo inglês, invenções de máquinas, passagem da manufatura para a maquinofatura, a vida nas fábricas, origem dos sindicatos.
revolução industrial - interior de uma fábrica Interior de uma fábrica durante a Revolução Industrial
Introdução
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média oartesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.
























Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Locomotiva da época da Revolução Industrial Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
A FábricaAs fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Reação dos trabalhadores 
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.
ConclusãoA Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. 
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

Revolução Inglesa


A Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje. O processo começou com a Revolução Puritana de 1640 e terminou com a Revolução Gloriosa de 1688. As duas fazem parte de um mesmo processo revolucionário, daí a denominação de Revolução Inglesa do século XVII e não Revoluções Inglesas.
Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII, limpando terreno para o avanço do capitalismo. Deve ser considerado a primeira revolução burguesa da história da Europa: antecipou em 150 anos a Revolução Francesa.

Surgem as condições


A Inglaterra atingiu no século XVII notável desenvolvimento, favorecido pela monarquia absolutista. Henrique VIII e Elizabeth I unificaram o país, dominaram a nobreza, afastaram a ingerência papal, criaram a igreja a nacional inglesa, confiscaram terras da Igreja Católica e passaram a disputar os domínios coloniais com os espanhóis. Tais tarefas agradaram à burguesia, mas agora o poder absolutista tornava-se incômodo, pois barrava o avanço da burguesia mercantil. Grande parte dos recursos do Estado vinham da venda de monopólios, como aqueles sobre comércio exterior, sal, sabão, alúmen, arenque e cerveja a, que beneficiavam um pequeno grupo, a burguesia financeira. E prejudicavam a burguesia comercial, sem liberdade para suas atividades, e os artesãos, que pagavam caro por alúmen e produtos indispensáveis a seu trabalho. Ao mesmo tempo, a garantia de privilégios às corporações de ofício impedia o aumento da produção industrial, pois eles limitavam a entrada de novos produtores nas áreas urbanas. Outro problema econômico estava no campo. A alta de preços e a expansão do consumo de alimentos e matérias-primas, como a lã, valorizaram as terras. Isto despertou a cobiça dos produtores rurais. Eles tentavam aumentar suas posses através dos cercamentos, isto é, tentavam transformar em propriedade privada as terras coletivas, devolutas ou sobre as quais havia uma posse precária. Tais ações expulsavam posseiros e criavam grandes propriedades, nas quais se investia capital para aumentar a produção. O Estado, para preservar o equilíbrio social necessário a sua existência, barrava os cercamentos e punha contra si dois setores poderosos: a burguesia mercantil e a nobreza progressista rural, a gentry.
No plano político, havia o conflito entre rei e Parlamento. A este, instituído pela Carta Magna de 1215, cabia o poder de direito, isto é, legítimo. Mas os Tudor exerceram o poder de fato, convocando pouco o Parlamento. As classes aí representadas não se opuseram ao absolutismo porque correspondia a seus interesses. O rei promovia desenvolvimento. No século XVII, o Parlamento pretendia transformar seu poder de direito em poder de fato. O rei correu a legitimar seu poder, que era de fato. Só havia uma forma: considerar o poder real de origem divina, como na França.
A luta política desenvolveu-se então no campo religioso e os reis manipularam a religião para aumentar seu poder. No século XVI, os Tudor haviam dado ênfase ao conteúdo do anglicanismo, isto é, seu lado calvinista, favorecendo a burguesia. Agora, os Stuart ressaltavam a forma católica do anglicanismo, identificando-se com a aristocracia, contra a burguesia. Claro, através do catolicismo era mais fácil justificar a origem divina do poder real. O Parlamento, dominado pela burguesia mercantil e a gentry, radicalizou suas posições e identificou-se com o puritanismo (forma mais radical do calvinismo), que rejeitava o anglicanismo.
A Revolução Puritana foi o resultado da luta entre burguesia e realeza pelo controle político do país.

Os Stuart e a pré-revolução


Elizabeth morreu em 1603 sem deixar herdeiros e Jaime I, rei da Escócia, assumiu o trono. Ele procurou estabelecer as prerrogativas reais implantando uma monarquia absoluta de direito divino. Perseguiu seitas radicais e até os católicos, que organizaram a Conspiração da Pólvora em 1605 (pretendiam explodir Westminster durante um discurso do rei). Os descontentes emigravam para a América do Norte.
A oposição entre rei e Parlamento ficou evidente a partir de 1610. O rei queria uma ocupação feudal na Irlanda; o Parlamento, uma colonização capitalista. Discordaram quanto aos impostos, pois o rei pretendia o monopólio sobre o comércio de tecidos, o que o tornaria independente do Parlamento financeiramente, considerando-se que já possuía rendas de suas próprias terras e de outros monopólios.
Com a morte de Jaime I em 1625, sobe ao trono seu filho Carlos I. Em 1628, guerras no exterior o obrigam a convocar um Parlamento hostil, que lhe impõe a Petição dos Direitos. Os membros da casa exigiam o controle da política financeira, controle da convocação do exército e regularidade na convocação do Parlamento, já que lhe negaram a aprovação de rendas fixas. O rei dissolveu o Parlamento, que só voltaria a reunir-se em 1640, ano da Revolução.
Carlos I apoiou-se na Câmara Estrelada, tribunal ligado ao Conselho Privado do rei. Dentre seus assessores, destacaram-se o Conde de Strafford e o arcebispo Laud, de Canterbury, responsáveis pela repressão violenta do período. Cresceu a emigração para a América. O rei passou a cobrar impostos caídos em desuso, como o Ship Money, instituído em cidades portuárias para combater a pirataria e agora estendido a todo o reino. Como a forma de enquadrar os dissidentes era a política religiosa, Carlos tentou uniformizar o reino, impondo o anglicanismo aos escoceses, calvinistas. Eles se rebelaram e invadiram o norte inglês. O rei convocou o Parlamento em abril de 1640 e o dissolveu em seguida. Em novembro, sem opções, convocou-o de novo. Foi o Longo Parlamento, pois se manteve até 1653.

O movimento de 1640


O Parlamento foi duro com o rei. Destruiu a Câmara Estrelada. Strafford foi executado em 1641 e Laud, em 1645. O rei não poderia mais ter exército permanente. O Parlamento se reuniria a cada três anos independentemente de convocação real; e conduziria a política tributária e religiosa. Acusou o rei de responsável pelo levante na Irlanda católica em 1641 e lhe dirigiu a Grande Remonstrance (repreensão). Em janeiro de 1642, o rei foi ao Parlamento e exigiu a prisão de cinco líderes oposicionistas. Houve reação violenta, sustentada nas milícias urbanas convocadas em apoio ao Parlamento.
  
Parlamento: estourava a guerra civil

O rei fez de Oxford seu quartel-general. Convidou o príncipe Rupert para comandar cerca de 20 000 homens do exército de cavaleiros, apoiado por aristocratas do oeste e norte, bem como burgueses inquietos com a desordem popular. Oliver Cromwell organizou em novo estilo 0 exército do Parlamento, composto sobretudo por camponeses, com apoio da burguesia londrina e da gentry: a ascensão se dava não por nascimento, mas por merecimento. Estimulou-se entre os soldados a participação em comitês que debatiam os problemas. Os cabeças redondas (porque não usavam perucas) foram decisivos na batalha final de Naseby, em 1645. Carlos I se refugiou na Escócia, foi preso e vendido pelo Parlamento escocês ao Parlamento inglês.
Criou-se novo problema: setores do Parlamento, achando oportuno o momento para um acordo vantajoso com a realeza, passaram a conspirar com o rei contra o exército. Este estava organizado e influenciado por radicais, como os niveladores, que queriam evitar a desmobilização e o não-pagamento dos salários, como pretendia o Parlamento. Aprofundou-se a diferença entre os grandes do exército e suas bases de niveladores, com projeto avançado para a época. Eles tentaram assumir o controle do exército em 1647 e o rei aproveitou para fugir de novo. O exército se reunificou, prendeu o rei e depurou o Parlamento. Foram presos 47 deputados e excluídos 96: era o Parlamento Coto (Rump). Carlos I foi decapitado em 30 de j janeiro de 1649, a Câmara dos Lordes abolida e a República proclamada em 19 de maio.

A República e Cromwell


O Parlamento sofreu nova depuração. Um Conselho de Estado, com 41 membros, passou a exercer o Poder Executivo. De fato, quem o exercia era Cromwell; ele procurou eliminar a reação realista que, com apoio escocês, tentava pôr no trono Carlos II, filho de Carlos I. Cromwell também eliminou os radicais do exército. Os líderes niveladores foram executados; os escavadores, do movimento proletário rural que pretendia tomar terras do Estado, da nobreza e do clero anglicano, foram dizimados. Liquidado o movi­mento mais democrático dentro da Revolução Inglesa, os menos favorecidos ficaram sem esperanças e aderiram a movimentos religiosos radicais, como os ranters e os seekers.
Em 1653, foi dissolvido o que restava do Longo Parlamento. Uma nova Constituição deu a Cromwell o título de Lorde Protetor. Tinha poderes tão tirânicos quanto os da monarquia. Ofereceram-lhe a coroa, mas ele recusou: já era um soberano e podia até fazer o sucessor. Para com­bater os rivais holandeses e fortalecer o comércio exterior inglês, baixou o Ato de Navegação. As mercadorias inglesas somente podiam entrar em portos ingleses em navios ingleses ou em navios de seus países de origem. Cromwell governou com rigidez e intolerância, impondo suas idéias puritanas. O filho Richard Cromwell o substituiu após sua morte em 165 8 e, pouco firme, foi facilmente deposto em 1659.
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A Restauração e a Gloriosa


Com apoio do general Monk, comandante das tropas da Escócia, o Parlamento-Convenção pro­clamou Carlos II rei em 1660. Com poderes limitados, ele se aproximou de Luís XIV da França, tornando-se suspeito para o Parlamento. Uma onda contra-revolucionária sobreveio, favorecida por um Parlamento de Cavaleiros, composto por nobres realistas e anglicanos em sua maioria. O corpo de Cromwell foi desenterrado e pendurado na forca. O poeta Milton foi julgado e condenado. Carlos II baixou novos atos de navegação em favor do comércio inglês. Sua ligação com Luís XIV levou-o a envolver-se na Guerra da Holanda. O Parlamento baixou então, em 1673, a Lei do Teste, pela qual todos os que exercessem função pública deveriam professar seu antianglicanismo. Surgiram dois partidos: os whigs, contra o rei e pró-Parlamento; os tories, defensores das prerrogativas reais.
Jaime II, irmão de Carlos II, subiu ao trono mesmo sendo católico. Buscou restaurar o absolutismo e o catolicismo, punindo os revoltosos, aos quais negava o habeas-corpus. Indicou católicos para funções importantes. Em 1688, o Parlamento convocou Maria Stuart, filha de Jaime II e mulher de Guilherme de Orange, governador das Províncias Unidas, para ocupar o trono. Foi um movimento pacífico. Jaime II refugiou-se na França e um novo Parlamento proclamou Guilherme e Maria rei e rainha da Inglaterra.
Os novos soberanos tiveram de aceitar a Declaração dos Direitos, baixada em 1689, que decretava: o rei não podia cancelar leis parlamentares e o Parlamento poderia dar o trono a quem lhe aprouvesse após a morte do rei; haveria reuniões parlamentares e eleições regulares; o Parlamento votaria o orçamento anual; inspetores controlariam as contas reais; católicos foram afastados da sucessão; a manutenção de um exército em tempo de paz foi considerada ilegal.
Os ministros passaram a tomar as decisões, sob autoridade do lorde tesoureiro. Funcionários passaram a dirigir o Tesouro e, em época de guerra, orientavam a política interna e externa. Em 1694, formou-se o tripé fundamental para o desenvolvimento do país, com a criação do Banco da Inglaterra: o Parlamento, o Tesouro e o Banco.
Abriam-se as condições para o avanço econômico que resultaria na Revolução Industrial. De um lado, uma revolução na agricultura através dos cercamentos que beneficiou a gentry. De outro, a expansão comercial e marítima garantida pelos Atos de Navegação, que atendiam aos interesses da burguesia mercantil. Assim se fez a Revolução Gloriosa, que assinalou a ascensão da burguesia ao controle total do Estado.


  

Animais Incriveis

Depois do sensacional vídeo “Pessoas incríveis”, um youtuber resolveu fazer um vídeo para dar aquela moral aos animais, que também são incríveis. Veja só que compilação fantástica:
Natureza e inteligência animal, browww!!!
Se alguém quiser saber o nome da música, é Lionheart (de Afrojack).

Como seriam as celebridades no estilo renascentista

Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIV e meados do século XVI.
Artistas do site worth1000 se reuniram para tentar tentar “capturar o momento” e criar pinturas famosas no estilo renascentista, mas com celebridades modernas da atualidade.
Confira!

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