quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Anderson Silva é pego no antidoping por uso de anabolizante

Anderson Silva é pego no antidoping por uso de anabolizante

Teste positivo foi realizado em 9 de janeiro, antes da luta contra Nick Diaz

Atualizada em 04/02/2015 | 01h2004/02/2015 | 00h07
Anderson Silva é pego no antidoping por uso de anabolizante Steve Marcus/GETTY IMAGES NORTH AMERICA
Foto: Steve Marcus / GETTY IMAGES NORTH AMERICA
O lutador brasileiro Anderson Silva foi flagrado no exame antidoping por uso de drostanolona, androsterona e 17-Diolum, esteróides anabolizantes, que melhorariam sua performance no octógono. O teste positivo foi realizado em 9 de janeiro, antes da luta contra Nick Diaz, e divulgado pelo UFC na terça-feira. 

O curioso é que o adversário de Spider na luta do último sábado também atuou dopado: seu exame acusou a presença de maconha. De acordo com um comunicado do UFC, mais testes serão conduzidos pela Comissão para confirmar estes resultados preliminares. 

No Mundo das Lutas: punições deverão ser anunciadas em breve
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A organização se refere ao brasileiro como "um excelente campeão e um verdadeiro embaixador do esporte das artes marciais mistas e do UFC", e completa dizendo que "está desapontada por saber destes resultados iniciais". 

A nota recorda ainda que o UFC tem uma rígida e consistente política contra o uso de qualquer droga ilegal, de alteração de desempenho ou agentes mascarantes, por parte de seus atletas. Até a meia-noite, Anderson Silva não havia se manifestado sobre a situação.

Beto Richa Autoriza cerca de contratação 10 mil professores

O governador Beto Richa (PSDB) informou no final da tarde desta terça-feira (3/2) pelo  Facebook que autorizou a contratação de 10 mil professores por processo seletivo simplificado, o PSS. O professores começam a ser chamados já na quinta-feira, 5. “Autorizei agora a contratação de cerca de 10 mil professores por Processo Seletivo Simplificado. Os professores começam a ser chamados nesta quinta-feira, após a distribuição de aulas para os professores efetivos, em todos os 32 núcleos regionais de E
ducação”, diz Richa.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Operação Conjunta da Polícia Civil de Nova Londrina com a Polícia Federal e Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai recapturam fugitivos da Cadeia de Nova Londrin

Douglas Machado da Silva (vulgo "Macarrão), preso na cidade de Glória de Dourados (MS)
foto: divulgação/ arquivo

Polícia Civil em Nova Londrina, em parceria com o Departamento de Polícia Federal e aSecretaria Nacional Antidrogas do Paraguai recapturaram os três traficantes que fugiram da Cadeia Pública de Nova Londrina em 18 de setembro de 2014. Adriano Francisco de Campos(vulgo "Ticão"), Douglas Machado da Silva (vulgo "Macarrão") e Wagner Nogueira Ramos (vulgo "Lagartixa") fugiram por um buraco aberto na parede de uma das alas durante uma forte chuva na cidade. Após os fatos, a Polícia Civil do Paraná acionou a Polícia Federal, que começaram a investigar aonde estariam os fugitivos. O primeiro encontrado foi Douglas, na cidade de Glória de Dourados, Mato Grosso do Sul. No momento da abordagem policial ele traficava mais de uma tonelada de maconha (exatos 1.116kg). O segundo recapturado, Wagner, foi encontrado em Guaíra/PR. A busca de Adriano foi mais complexa, pois segundo a investigação ele estaria trabalhando em uma plantação de maconha em Pedro Juan Caballero, Paraguai.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Dois são presos com quase meio quilo de maconha em Nova Londrina. A principio a droga estava sendo levada para Loanda


Farmacias De Plantão Nova Londrina Fevereiro De 2015

FEVEREIRO 2015
01/02/2015 - Domingo - Farmaútil
02/02/2015 - Segunda-feira - Farmácia Santa Mônica


Erro De português Que deu Caso de policia (Materia Por Matheus brandão de Souza)

O erro de português que virou caso de polícia

Um erro de quem escreveu um cartaz para anunciar uma promoção numa loja de eletrodomésticos criou uma grande confusão na cidade de Guarabira, no interior da Paraíba.

Erro de português em anúncio provocou confusão em Guarabira/PB. Caso foi parar na delegacia (reprodução)
No cartaz estava escrito “Oferta imperdível. Chip Vivo. R$ 1 com aparelho”. Ao ler, o professor Aurélio Damião, 38, considerou a proposta irrecusável.

Com R$ 4 no bolso, ele entrou na loja e pediu chips – com os quatro aparelhos celulares correspondentes. Ele havia registrado a oferta com uma foto antes de ir ao trabalho e decidiu fazer a compra no final do expediente.

“Passei na loja e pedi: me veja quatro aparelhos de R$ 1 da promoção”, contou Damião. O atendente da loja “explicou” o anúncio. Na verdade, disseram, o redator queria dizer que os chips da operadora em questão sairiam por R$ 1 no caso da compra de qualquer celular adquirido pelo preço normal de tabela.
O caso só foi resolvido na delegacia

“Eu quis mesmo era dar mais uma lição na loja do que qualquer outra coisa. Estava escrito errado, foi um erro de português. Cheguei e falei que queria comprar quatro celulares e o gerente começou a me destratar, me chamar de maluco. Disse que eu não era louco de pegar um celular de lá. Eu falei que não queria pegar, não ia roubar. Eu estava lá para comprar. Ele se recusou a vender e eu chamei a polícia”, explica Aurélio.

Uma viatura da polícia militar chegou ao local e convidou os dois — o professor e o gerente da loja — até a delegacia. Aurélio alegou que a loja estava fazendo propaganda enganosa e que tinha por direito, como consumidor, a receber o que estava escrito no cartaz.

Na delegacia, as partes chegaram a um acordo. Damião recebeu a doação de um vale de R$ 100 para aquisição de um aparelho. Com chip. “Caso não chegassem a um acordo, teria de se usar a Justiça e as partes resolveram se entender logo”, disse um agente do 4º DP.

Via Pragmatismo Político

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Salários de funcionários de ônibus devem ser regularizados nesta quinta


Prazo foi determinado durante uma audiência de conciliação na terça (27). 
Caso não ocorra o pagamento, categoria ameaça paralisar 100% da frota.

Do G1 PR
Parte dos ônibus voltam a circular em Curitiba e Região  (Foto: Adailton Lucio / RPC )Parte da frota atua nas ruas desde quarta-feira (28)
(Foto: Adailton Lucio / RPC )
O prazo para a regularização dos salários de motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana vence nesta quinta-feira (29). A categoria está em greve desde segunda-feira (26) e reclama de atrasos constantes com relação ao pagamento do adiantamento salarial, que normalmente é depositado até o dia 20 de cada mês.
Segundo os funcionários, se o pagamento não for feito, 100% da frota voltará a ser paralisada. Se for regularizado, a greve será encerrada. Desde quarta (28), os trabalhadores cumprem a decisão judicial que determina a circulação de pelo menos 80% da frota em horários de pico.
A determinação do prazo para a regularização dos atrasados foi acordada durante uma audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na terça-feira (27) – quando a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) se comprometeu a quitar pelo menos R$ 5 milhões da dívida com as empresas. Na sequência disso, as empresas se comprometeram a pagar os salários atrasados dos trabalhadores.
O atraso nos pagamentos, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), ocorre devido a um impasse entre a Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Comec.
Nos dois primeiros dias da greve, os ônibus ficaram parados nas garagens e mais de dois milhões de usuários foram prejudicados.
No início da manhã desta quinta, vários motoristas e cobradores afirmaram que o dinheiro ainda não estava disponível na conta.
Mesmo assim, por volta das 6h30, era possível perceber que a frota mínima ainda estava circulando em vários pontos da cidade. Atualmente, os salários de cobradores e motoristas de ônibus são, respectivamente: R$ 1028,11 e R$ 1814,94.
Possibilidade de locaute
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), afirmou na quarta-feira que a greve dos motoristas e cobradores de ônibus pode ter sido motivada por locaute, que é quando patrões forçam a paralisação, impedindo os funcionários de trabalhar.
“(...) que o sistema que movimenta R$ 1 bilhão em um ano paralise porque não houve o pagamento de R$ 5 milhões. Tem algo muito maior em jogo, ou algum tipo de pressão, ou alguma tentativa de locaute para estabelecer uma pressão e paralisar serviço público”, disse.
Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) negou que tenha havido locaute por parte das filiadas.
Pelo contrário, o Setransp orientou todas as concessionárias para cumprir rigorosamente o que determinou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), colocando 100% da frota à disposição, conforme ofício endereçado à Urbanização de Curitiba (Urbs). Além disso, o sindicato tem farta documentação que comprova o empenho e o compromisso das empresas de prestar o serviço à população durante a greve”, diz um trecho da nota.
Greve entra no segundo dia em Curitiba  (Foto: Sérgio Tavares / G1)Mais de dois milhões de usuários dependem do
transporte público em Curitiba e Região
(Foto: Sérgio Tavares / G1)
Nova tarifa técnica
O prefeito também disse que a prefeitura e o governo estadual não têm como bancar a diferença entre a tarifa paga pelo usuário e o preço por passageiro cobrado pelas empresas de ônibus , a chamada tarifa técnica. Conforme o prefeito, os empresários já anunciaram o aumento dessa tarifa paga a eles – de R$ 3,18 para R$ 3,60 ou até R$ 3,80.
“Se nada for feito e for mantida a situação atual, pra ser objetivo, a prefeitura teria que arrumar neste ano mais R$ 80 milhões, isso é equivalente a 49 novas creches. Essa é a decisão que tem que ser tomada agora”, enfatizou.
Sem garantia de que o governo do estado vai pagar o subsídio do transporte, a tarifa de ônibus para os passageiros vai subir, e o anúncio já pode ser feito na sexta-feira (30). Questionado se a tarifa pode passar de R$ 3, o prefeito respondeu que “é bem provável”. Atuamente, o valor pago pelo usuário é de R$ 2,85.
Além disso, a tarifa única pode acabar. Dependendo das negociações com o governo do estado, os ônibus da capital podem ter um preço de passagem, e os que levam às cidades da Região Metropolitana  outro. “Talvez nesse momento o estado, pela constituição, assume (sic) o valor das tarifas e o subsídio nas linhas intermunicipais, e Curitiba assume as linhas municipais".
Em relação à tarifa técnica, o Setransp informou que solicitou ao Ministério Público Estadual (MPE), em outubro de 2014, o acompanhamento do cálculo do novo valor, para que o processo tenha total transparência.

Assustador! Depois de tatuar os olhos, jovem decide implantar dois chifres na testa


Depois de tatuar os olhos, jovem decide implantar dois chifres na testa

Bruno Siqueira, de 18 anos, trabalha como tatuador em Guarapuava, no PR.
Ele tem piercings, tatuagens, língua bifurcada e branco dos olhos tatuado.

Alana FonsecaDo G1 PR, em Guarapuava
Jovem de 18 anos implantou dois 'chifres' de silicone na testa (Foto: Alana Fonseca/G1)Jovem de 18 anos implantou dois 'chifres' de silicone na testa (Foto: Alana Fonseca/G1)
Depois das inúmeras tatuagens, dos piercings e dos alargadores, de colorir o branco dos olhos de preto e da língua bifurcada, Bruno Siqueira, de 18 anos, ainda não se sentia satisfeito com a aparência. Foi, então, que o jovem decidiu implantar dois chifres de silicone na testa em janeiro.
“Todos os dias, alguém me diz que eu devo seguir caminho de Deus. Não é porque implantei 'chifres' que não tenho fé, que quero me parecer com o diabo. Coloquei e creio em Deus, sim", afirma. Bruno mora em Guarapuava, na região central do Paraná, onde trabalha há dois anos como tatuador.
Sequência de modificações corporais
A primeira modificação corporal foi aos 11 anos, quando Bruno colocou o primeiro piercing, no nariz. Em seguida, vieram as tatuagens. As estrelas tatuadas em uma das coxas, aos 13, foi o primeiro contato que o jovem teve com a introdução de pigmentos por agulhas. “Hoje, sei que tenho pelo menos oito piercings. Quanto às tatuagens, já perdi as contas. No rosto, sei que são quase 20”, afirma.
Colocar alargadores no nariz foi o que mais doeu até agora, segundo Bruno (Foto: Arquivo pessoal)Colocar alargadores no nariz foi o que mais doeu até agora, segundo Bruno (Foto: Arquivo pessoal)
Depois dos piercings e das tatuagens, Bruno decidiu fazer modificações mais radicais. Ele colocou dois alargadores, um em cada lado do nariz. O procedimento foi feito com o auxílio de um bisturi, em 2014. “Foi o procedimento que mais doeu até agora”, revela.
No ano passado, o jovem também injetou tinta na camada de proteção dos olhos, técnica conhecida por “eyeball tatoo”. “Chorei lágrimas pretas por dois ou três dias”, lembra. A tatuagem foi feita de graça, no Rio de Janeiro, durante um tempo em que Bruno passou trabalhando no estado. "Foram 20 minutos para pintar cada olho. Uma agonia", define.
Ele conta que viu a técnica de tatuar o branco dos olhos pela primeira vez na televisão, em 2007. Desde então, ele não tirou a ideia da cabeça. Para a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SOB), o procedimento invasivo é desaconselhável e pode causar inflamação interna, levando à perda da visão.
Em 2014, a língua do jovem também passou por uma modificação. Agora, após a operação, ela é bifurcada; a característica é comum aos répteis. A repartição foi feita com a ajuda de um bisturi e, depois, foram dados alguns pontos. “Tive que ficar sem beijar por um bom tempo. Mas valeu a pena”, garante.
A última modificação que Bruno fez no corpo foi a implantação de dois “chifres” na testa, sem nenhum tipo de anestesia. “A pele é cortada, descolada e, então, são colocados os implantes. Depois são dados alguns pontos. Ainda dói um pouco porque é uma operação recente”, conta.
O jovem tem a língua bifurcada e o branco dos olhos tatuado com a cor preta (Foto: Arquivo pessoal)Jovem tatuador tem a língua bifurcada e o olhos tatuados de preto desde 2014 (Foto: Arquivo pessoal)
Saída de casa
Logo que colocou os primeiros piercings e fez as primeiras tatuagens, Bruno teve que sair da casa da família. “Eles não aceitavam muito. Eu não tinha lugar fixo; às vezes, ficava na casa de amigos ou por aí”, relata. Só aos 16, quando começou “a viver de tatuagem”, como ele mesmo diz, é que pôde bancar sua casa própria.
Bruno não sabe dizer quantas tatuagens, ao todo, tem (Foto: Arquivo pessoal)Bruno não sabe dizer quantas tatuagens, ao todo,
tem espalhadas pelo corpo (Foto: Arquivo pessoal)
Hoje, ele mora com a gata Laurinha em uma casa no bairro Morro Alto. Em abril, a filha Sophi deve nascer. Segundo ele, se um dia a menina pedir para fazer uma tatuagem ou por um piercing, ele garante que não será contrário. “Mas só quando ela for madura o suficiente”, explica.
Depois de um tempo, os parentes de Bruno passaram a aceitar a aparência do jovem. Ele conta que as crianças da família, principalmente, não apresentam nenhum tipo de estranhamento. “É engraçado ver como elas não têm preconceito e ainda acham o máximo”, afirma.
Preconceito
Entretanto, o preconceito de pessoas desconhecidas faz com que Bruno, às vezes, se sinta mal. “Nas ruas, as reações são diversas: há quem fique olhando, há quem ri, há quem venha falar sobre Deus comigo, há quem queira tirar fotos, há quem me chame de gay...”, diz.
O tatuador conta que evita locais e ruas muito movimentados justamente por causa das reações negativas de algumas pessoas. “Elas não estão preparadas para o diferente. E eu sou diferente”, acredita. Bruno relata que, quando vai ao mercado, há sempre um segurança que o segue e olhares desconfiados. “Chega a ser constrangedor, parece que eu sou um bandido”, desabafa.
Próxima vontade
Ignorando o preconceito, o jovem diz que a sua próxima vontade é a suspensão corporal. “A suspensão corporal consiste em suspender o corpo por meio de ganchos passados através de perfurações na pele”, explica. As perfurações são temporárias e abertas um tempo antes de o ato ser realizado.
Bruno concluiu o Ensino Médio, não fez faculdade e, por enquanto, não faz planos de frequentar uma. “Eu quero viver de tatuagem, não me imagino fazendo outra coisa na vida. E quanto ao meu corpo, o que eu tiver que fazer para me sentir bem, vou fazer”, conclui.
'Eu quero viver de tatuagem, não me imagino fazendo outra coisa', diz Bruno (Foto: Arquivo pessoal)'Eu quero viver de tatuagem, não me imagino fazendo outra coisa', diz Bruno (Foto: Arquivo pessoal)

Nestor Cerveró fica calado durante segundo depoimento à Polícia Federal

Ex-diretor da Petrobras é réu em processo originado da Lava Jato.
Defesa orientou que Cerveró permanecesse em silêncio na oitiva.


GNews - Nestor Cerveró (Foto: globonews)Cerveró está preso desde o dia 14 de janeiro
(Foto: globonews)
O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró ficou calado durante o segundo depoimento à Polícia Federal (PF), que foi realizado na tarde desta quarta-feira (28), emCuritiba.
De acordo com o advogado Beno Brandão, que representa Cerveró, a orientação foi para que ele permanecesse em silêncio porque a defesa está questionando a legimitidade do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais oriundas da Operação Lava Jato, da PF, na primeira instância.
"A defesa entende que a competência [de juízo] não é daqui, é do Rio de Janeiro [onde fica a sede da Petrobras]. A gente já encaminhou uma petição. Por enquanto, ele vai permanecer em silêncio", afirmou o advogado. Ele acredita que em duas semanas se tenha uma decisão sobre a questão da incompetência de juízo.
O assunto deste depoimento foi a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Como na primeira oitiva na Polícia Federal, que ocorreu um dia após a prisão de Cerveró, nada sobre isto foi abordado, conforme informou a defesa à época, os advogados pediram nova oitiva para que a compra da refinaria da Pasadena fosse questionada.
Brandão relatou que foram feitas cerca de dez questionamentos e que não houve pressão dos dois delegados que fizeram as perguntas. O advogado disse que o cliente "está bem e esperançoso" e que a defesa avalia o pedido de um novo habeas corpus.
Cerveró é réu em uma ação penal da Lava Jato por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro e está preso desde 14 de janeiro. O ex-diretor da estatal foi preso no Rio de Janeiro, quando voltava de uma viagem a Londres. No mesmo dia, ele foi levado para sede da PF na capital paranaense, onde também estão detidos outros investigados da Operação Lava Jato. Segundo a PF, foram apreendidos documentos e mídias relacionados às transações financeiras dele.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), logo depois de ter sido denunciado, o ex-diretor da Petrobras tentou resgatar quase meio milhão de reais de um plano de previdência privada para transferir para outro em nome da filha, Raquel Cerveró.
A Polícia Federal também informou que negociações financeiras feitas por Cerveró indicam que o suspeito tentava obter liquidez do patrimônio com rapidez. Este patrimônio negociado, também conforme a polícia, pode ter origem ilícita e ser resultado de crimes cometidos por Cerveró enquanto estava à frente da diretoria Internacional da Petrobras.
O primeiro depoimento às autoridades policiais foi prestado no dia 15 de janeiro. O ex-diretor falou por quase três horas e meia e respondeu perguntas sobre as movimentações financeiras e os contratos dos navios-sonda. Ele negou ter recebido propina para a construção de navios-sonda e, sobre as transações financeiras, reiterou que não há nada de ilegal, segundo o advogado Beno Brandão.
Os advogados de Cerveró tentaram reverter a prisão, porém, o pedido de habeas corpus foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS).
Acusações
Cerveró foi diretor da área Internacional da Petrobras de 2003 a 2008, durante o governo do presidente Lula. Já no governo da presidente Dilma Rousseff, assumiu a diretoria financeira da BR Distribuidora, onde permaneceu até ser demitido do cargo, em março de 2014.
Segundo o MPF, o ex-diretor recebeu propina, em dois contratos firmados pela Petrobras, para construção de navios-sonda, usados em perfurações em águas profundas. O pagamento, no valor total de 40 milhões de dólares, foi relatado pelo executivo Júlio Carmago, da Toyo Setal – que fez acordo de delação premiada no decorrer das investigações.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, também réu da Lava Jato, citou Cerveró no acordo de delação premiada. Em depoimento à Justiça Federal (JF) do Paraná, em outubro de 2014, Paulo Roberto disse que Cerveró recebeu propina na compra da refinaria da Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o negócio gerou prejuízos de 790 milhões de dólares à Petrobras.
A compra de Pasadena foi aprovada, em 2006, pelo Conselho de Administração da
Petrobras, que à época era presidido por Dilma Rousseff. Segundo a presidente, o resumo executivo que orientou o Conselho, e que foi produzido por Cerveró, era falho. Em julho, o TCU responsabilizou Cerveró e outros nove diretores e ex-diretores da Petrobras pelos prejuízos na compra.
Entenda a Lava Jato
Operação Lava Jato começou investigando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação resultou na descoberta de um esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Na primeira fase da operação, deflagrada em março de 2014, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
A sétima fase da operação policial, deflagrada em novembro do ano passado, teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras em um valor total de R$ 59 bilhões. Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal.
Ao todo, foram expedidos na sétima etapa da operação 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal. Conforme balanço divulgado pela PF, à época, 25 pessoas foram presas. Também foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão e foram expedidos nove mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à polícia prestar depoimento), mas os policiais conseguiram cumprir seis.
Atualmente, 11 executivos continuam presos na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Além deles, o doleiro Alberto Youssef, o lobista Fernando Baiano, e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró também estão presos no local.